Arquivo | abril, 2012

Voando alto

26 abr

Tenho dirigido mais e, por isso, escutado mais rádio também. Engraçado como perdi esse hábito em casa. Com youtube, myspace, ipod e todo o resto, a gente acaba deixando de lado o rádio. Mas há algo de mágico em ligar o aparelho e deixar-se surpreender. Que música estará tocando? Será aquela que eu amo?
Nas últimas semanas, tenho me surpreendido com Asa (pronúncia: Asha).

O som é envolvente. Aquele tipo de música que te deixa triste por saber que logo acabará. Dá vontade de escutá-la cantar por horas. A voz livre, afinada e sincera evidencia que Asa canta com a alma.

Passarinha

Registrada como Bokula, optou pelo nome artístico Asa para representá-la na música. O que para nós significa “o membro que possibilita o voo do pássaro” em iorubá quer dizer gavião. Ambos os significados simbolizam a cantora. Asa sabe voar – e nos levar junto.

Breve biografia

Nasceu em Paris, mas ao dois anos mudou-se para Nigéria, país de origem dos pais. Cresceu ouvindo os discos do pai de música tradicional nigeriana e clássicos do soul, de Fela Kuti a Marvin Gaye. Influências claras nas composições da cantora, que mescla r&b com pop, soul com funk, sem medo. Hoje, aos 30 anos, já lançou dois álbuns inéditos: Asha (2007) e Beautiful Imperfection (2010). Além de DVDs e discos ao vivo. Canta tanto em iorubá quanto em inglês.

Quer saber mais sobre Asa? 

www.facebook.com/asaofficial
www.twitter.com/asa_official

www.youtube.com/ASAofficialvideo

www.myspace.com/asaofficial

Los Hermanos – Turnê 15 Anos

24 abr

Los Hermanos emociona. Pode ser que não a você ou ao seu vizinho. Afinal, nem Jesus agradou a todos (ou algo assim). Mas é inegável que a banda, 15 anos depois do começo, continua tocando o coração dos fãs e fazendo a multidão de sempre cantar de olhos fechados.

Sábado passado (21/04), os cariocas se apresentaram em Fortaleza, na barraca de praia Biruta. O show faz parte da turnê de “comemoração dos 15 anos” do grupo. Uso aspas porque duvido, seriamente, desse motivo. As contas do mês às vezes apertam e a gente sabe como é. Mas isso é suposição minha (e de outros). Pode não ter nada a ver. Então voltemos ao que interessa.

O show, marcado para às 22h, começou por volta das 24h, com um público faminto. O fãs carentes de Los Hermanos garantiram o ingresso há meses e chegaram cedo para pegar o melhor lugar. Cheguei na segunda música, mas posso imaginar a emoção do começo do show. Os músicos subiram ao palco, envoltos por gritos e palmas, com a música “Além do que se vê”, do disco Ventura. Uma das mais amadas pelo público.

A brisa do mar, a areia nos pés e as imagens projetadas no telão contribuíram para a atmosfera nostálgica da noite. Parecia estar flutuando. Tá certo. Pode ser que apenas eu tenha sentido isso. A verdade é que voltei a 2005, aos shows quase corriqueiros da banda em Fortaleza. Eu ia a todos.

Nunca me disse fã, nem nada. Talvez por não compartilhar das ideias e atitudes dos fãs assumidos de Los Hermanos. Mas o fato é que a música deles me invadiu e fez parte de um bom período da minha adolescência. Estar ali, naquele sábado à noite, revivendo os sentimentos que músicas como “A Flor” e “Sentimental” me trazem, foi como viajar no tempo. No meu tempo.

A melodia passeava por minhas memórias enquanto a voz rouca, quase deprimida, do Amarante me jogava na cara que o tempo passou. Sempre passa. Não só para mim, mas para eles também. O tempo passou para Los Hermanos. Eles mesmos definiram isso ao se “separarem” cinco anos atrás.

Intervalos entre, rigorosamente, todas as músicas. Como se não tivessem ensaiado ou algo do tipo. Erros, talvez por problemas técnicos, mas que antes não existiam. A sensação era de que os Los Hermanos ficaram lá atrás. Sábado, quem estava tocando, era o Marcelo, os Rodrigos, o Bruno e os (fantásticos) músicos de apoio. Cada um por si.

Não fiquei triste. Não me frustrei. Não voltei pra casa achando que minha cama teria sido melhor programa. Voltei feliz. Consciente dos anos que passaram. Consciente de que, mesmo ainda tocando dentro de mim, Los Hermanos estão, realmente, separados. E não há turnê comemorativa que mascare isso.

abelhas e pássaros [ou sexo e música].

18 abr

Inara George e Greg Kurstin são dois norte-americanos, de Los Angeles. Em comum, além da nacionalidade, o amor pela música.

Kurstin é produtor e tecladista. Inara, cantora e compositora. Conheceram-se durante a gravação do álbum de estréia da artista. Ao perceberem gostos e interesses em comum, decidiram formar a dupla “The Bird and The Bee”.

O resultado é uma mescla de eletropop com jazz. O primeiro EP (Extended Play) da dupla – Again and Again and Again and Again – foi lançado em 2006. Dentre as quatro canções, Fucking Boyfriend se destacou. A música, em pouco tempo, alcançou o topo das paradas e ganhou destaque na edição de dezembro de 2006 da revista Billboard.

 

Desde então, ambos não pararam de produzir. Lançaram mais três EPs e três álbuns – um deles em homenagem aos músicos Daryl Hall e John Oates. Além de trilhas sonoras para filmes e seriados.

Curiosidade: The Bird and The Bee não é apenas o nome da banda. A expressão idiomática – que literalmente significa “o pássaro e a abelha” – é bastante usada nos Estados Unidos para ensinar às crianças sobre sexo. Coincidência?