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Acima de tudo, cantora

20 out

Quem estava na Reitoria da UFC ontem à noite (19/10) teve o privilégio de ouvir, ver e sentir Mayra Andrade no palco. A cantora cubana, que cresceu no mundo – Angola, Senegal, Alemanha, Cabo Verde – e hoje vive na França, mexeu com os brasileiros e africanos que conferiram seu show do Festival UFC de Cultura.

Mayra Andrade

Depois dos cearenses da Breculê e de Pantico Rocha terem subido no palco da Concha Acústica, às 22h foi a vez da Mayra. De vestido e cabelos soltos e um largo sorriso no rosto, a cantora cantou algumas de suas músicas mais conhecidas – como Tunuka e Navega -, agradeceu ao público e trocou algumas palavras em criolo com os conterrâneos presentes no show.

Aqueles que ainda não conheciam o trabalho da artista, se encantaram com a voz e a energia dela. Alguns ficaram parados, como que hipnotizados, apenas admirando sua presença de palco. Outros dançavam e sorriam. E, os já familiarizados com sua música, cantavam e vibravam a cada acorde.

Mayra começou a cantar profissionalmente aos 21 anos, no arquipélago de Cabo Verde. Em 2006, a cantora lançou seu primeiro álbum – Navega -, que já mostrava toda sua criatividade artística e seu talento musical, com misturas de ritmos, sons e influências – do free jazz à MPB.

Entre sanfonas típicas da música francesa e um misto de percussão africana com brasileira, Mayra canta em francês, português e criolo. “Mais do que uma cantora de Cabo Verde sou, acima de tudo, uma cantora. A música sempre fez parte de mim. Se me apetecer misturar músicas cabo-verdianas com outros sons e influências, acredito que posso fazê-lo”, diz ela.

E Mayra, de fato, pode fazê-lo. Sem preconceitos musicais e sem formação profissional, a música da Mayra vem da inspiração, dos sentimentos e do conhecimento que ela acumulou ao longo de sua vida e mudanças de cidades, países, continentes.

Agora, com seu novo álbum – Stória, Stória -, Mayra se consolida como uma das cantoras mais promissoras da atualidade. Nesse disco, ela conta com a participação de artistas de diversos locais e estilos. Como o tocador de kora guineense Djêli Moussa Diawara, o trompete de Nicolas Genest, o angolano Zézé N’Gambi e a percussão do brasileiro Marcos Suzano. Além do  pianista André Mehmari em São Paulo, de percussionistas cariocas e do pianista cubano Roberto Fonseca.

A contribuição da participação desses músicos está explícita no trabalho de Mayra. Um som impecável nos arranjos e na mistura de ritmos e etnias. A cantora classifica “Stória, Stória” como “um cruzamento musical” que remete aos nativos de Cabo Verde, “naturalmente mestiços”, segundo ela.

Mayra me enche de esperança. A música ainda pode ser feita de/pelo coração. Linda na voz, no sorriso e na composição. Para quem ainda não a conhece, dá uma conferida no Myspace e no Site dela que ambos são bem completos, com textos, fotos, agendas e tudo mais.

Samba de Tarja Preta

26 abr

Viradão Carioca e mais um chuva de novos – e nem tão novos – nomes da cena musical brasileira. Um deles é o Fino Coletivo. Banda alagoana e carioca. A história começou em 2005, quando dois alagoanos – Wado e Alvinho Cabral – encontraram um carioca – Marcelo Frota.

Depois de um mês juntos, experimentando música, o trio resolveu colocar mais um alagoano e um carioca na panela e, assim, surgiu o Fino Coletivo – Wado, Alvinho Cabral, Alvinho Lancellotti, Marcelo, Marcus, Adriano,  e Daniel.

Fino Coletivo

Ps: Por causa de projeto pessoais, hoje Wado e Marcelo não estão mais na banda.

O nome já dá uma dica do som dos caras que fazem música de forma coletiva. Todos compõem juntos, com quatro cantores que se revezam nos vocais.  Já a música não sabe se é samba, se é bossa, ou um pop meio eletrônico vez ou outra. Mas, ao contrário do que pode parecer, não é algo confuso, e sim muito bem resolvido: um som brasileiro, na essência.

Apesar de ser de Tarja Preta, o samba do Fino Coletivo é recomendado a todos que gostam de música brasileira. Aproveitem!

Trama Virtual (tem o disco para baixar)

Myspace

Contatos: contato@finocoletivo.com ou finocoletivo@gmail.com

PsicoTropical Musik com Cachaça

25 abr

Chorinho, baião, samba, jazz, salsa, rap, afro-beat, frevo, candomblé, merengue. Ou, simplesmente, Songoro Cosongo.

O banda – formada por músicos argentinos, brasileiros, chilenos, colombianos e venezuelanos – classifica seu som como “PsicoTropical Musik”.  Criada em 2005, no Rio de Janeiro, Songoro Cosongo fazia suas primeiras apresentações pelos trilhos de Santa Tereza, despretenciosamente. Aos poucos, começaram a tocar em feiras, praças; depois se estabeleceram no bar Taberna Diferente e, em dois meses, já estavam se apresentando nas principais casas de shows do Rio.

Songoro Cosongo

O grupo passou, então, a coordenadar oficinas de música Latino-Americanas com o objetivo de formar um bloco carnavalesco diferente dos tradicionais blocos de rua cariocas. Em 2006, Songoro Cosongo saiu às ruas do carnaval do Rio de Janeiro, em Santa Tereza, atraindo centenas de foliões.

Songoro Cosongo - Carnaval 2010

No final de 2005,  Songoro Cosongo gravou seu primeiro disco – “Misturado Com Cachaça Fica Muito Bom” – com 12 composições próprias, lançado no início de 2006 no Rio de Janeiro, Chile e Argentina.

O grupo, hoje, já é conhecido no cenário carioca – e em outros países da América Latina – e seu bloco de carnaval é um dos mais concorridos de Santa Tereza. Falando por experiência própria, quem quiser conferir deve chegar cedo, porque lota – mas vale MUITO a pena!

Misturado Com Cachaça Fica Muito Bom – 2006

01. Começa a valer a partir de agora
02. Sancocho
03. Litros de Carinho
04. Songoro Cosongo
05. Aipim
06. Yorunga
07. Kilos de Amor
08. Merengue de Invierno
09. Ilha Grande
10. Frevintcho
11. Chorumbia
12. Maracujá

Click aqui para baixar as músicas

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