Arquivo | abril, 2010

Os Reis

29 abr

Não. Não vou falar de Michael Jackson, nem de Roberto Carlos (um dia, quem sabe?), e sim sobre os que são reis no nome: Kings of Convenience e Kings of Leon.

Tá, tá. Eu sei que são duas bandas totalmente distintas – não fosse a semelhança no nome e o talento inquestionável de ambas. Kings of Convenience é um duo de Bergen, Noruega, que mistura folk com um pouco de pop e indie. Já Kings of Leon é uma banda de rock americana (Nashville, TN) formada em 2000.

Kings of Convenience

Os Kings noruegueses se chamam Eirik Glambek Bøe and Erlend Øye. Amigos desde os 11 anos, Eirik e Erlend lançaram o primeiro álbum em 1999 – “Winning a battle, losing a war” – e dez anos depois (2009) já lançavam seu oitavo álbum – Declaration of Dependence.

Os caras dizem que suas duas maiores influências são o brasileiro João Gilberto – bossa – e a banda de rock norueguesa  deLillos. “Music your parents like too”  (“Música que seus pais gostam”) é como eles classificam seu som no Myspace – talvez pela melodia suave e delicada, ou por não fazerem uso de sintetizadores, remixagens e instrumentos “mais pesados” – como bateria, guitarra.

Bom, se meus pais gostam, eu não sei. Mas eu gosto (e muito).

Kings of Convenience – Declaration of Dependance
1. 24-25
2. Mrs Cold
3. Me In You
4. Boat Behind
5. Rule My World
6. My Ship Isn’t Pretty
7. Renegade
8. Power Of Not Knowing
9. Peacetime Resistance
10. Freedom And Its Owner
11. Riot On An Empty Street
12. Second To Numb
13. Scars On Land

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Myspace

Ok. Agora os Kings dos EUA. Caleb Followill nos vocais, Jared Followill no baixo, Matthew Followill na guitarra  e Nathan Followill na bateria. Pois é, todos Followill. A banda é formada por três irmãos e um primo (Matthew) que desde pequenos tocam juntos e em 2003 lançaram seu primeiro disco – Youth and Young Manhood -, que ficou entre os 10 melhores discos dos últimos 10 anos na Inglaterra.

Kings of Leon

O último álbum dos caras foi lançado em 2008 – Only by the Night -, com 11 faixas, entre elas a famosa “Sex on Fire” – primeiro lugar na Triple J Hottest 100 – parada anual da rádio australiana Triple J – de 2008.

O talento, pelo visto, tá no sangue. Kings of Leon é hoje conhecida mundialmente e tem a agenda lotada até setembro de 2010. Para quem não conhece – ou conhece pouco -, dá uma baixada no cd, que vale demais a pena!

Kings Of Leon – Only By The Night
01 – Closer
02 – Crawl
03 – Sex on Fire
04 – Use Somebody
05 – Manhattan
06 – Revelry
07 – 17
08 – Notion
09 – I Want You
10 – Be Somebody
11 – Cold Desert

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Myspace

Nossa natureza

28 abr

Quem já viu o vídeo da Sony Bravia em que milhões de bolinhas coloridas quicam pelas ruas? Se você sabe do que eu estou falando, com certeza lembrou da música da propaganda que é simplismente linda. José González, el responsable!

Filho de pai argentino e mãe sueca, José cresceu na Suécia ouvindo folk suéco e músicas latinas, como as do cubano Silvio Rodriguez – seu cantor preferido. Em 2007, lançou seu segundo disco – In Our Nature – com 11 faixas. A maioria de suas composições trata de assuntos pessoais, mas também de “histórias de outras pessoas”.

“Nesse álbum eu quis trazer à tona os apectos primitivo dos seres humanos”.

José González

Sua voz é tranquila; em alguns momentos, meio melancólica, em outros, mais animada. Em “In Our Nature”, José abusa do violão e do vocal, mas com a presença de backing vocals, percussão e sintetizadores – recursos musicais que não tão presentes em seu trabalho anterior.

Sua música “Teardrop” já foi regravada por outros artistas – como o cantor Mika e a banda Elbow – e utilizada em seriados como House e Friday Night Lights.

Confesso que a música de José mexe comigo, no fundo e no raso de tudo. Não só suas melodias, mas suas letras e os sentimentos ali presentes.

“It’s important to go through painful experiences to learn more about yourself. It’s important to face them rather than ignore them.”

Aproveite, sem moderação mesmo.

José Gonzáles – In Our Nature 2007

1. “How Low” – 2:43
2. “Down the Line” – 3:15
3. “Killing for Love” – 3:07
4. “In Our Nature” – 2:46
5. “Teardrop”– 3:38
6. “Abram” – 1:51
7. “Time to Send Someone Away”– 2:51
8. “The Nest” – 2:27
9. “Fold” – 2:59
10. “Cycling Trivialities” – 8:09
11. “You’re an Animal” – 4:18

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Linda Bagunça Interior

28 abr

Incrível como uma “tarde de trabalhos” pode se tornar tão agradável e cheia de descobertas musicais despretensiosas. No meio disso tudo, Yaël Naïm e um pedido da Carolzinha: “Posta sobre a Yael hoje”. E aqui estou!

Yael Naim é uma cantora, compositora e pianista franco-israelense – nasceu em Paris, mas cresceu em Israel. Desde pequena é fascinada por música e instrumentos. Ainda nova – quando estudava em um conservatório de música – assistiu ao filme “Amadeus” – sobre a história de Mozart – e, então, decidiu que aos 30 faria uma sinfonia. Ela fez, mas aos 29.

Yael Naim

Seu primeiro disco foi lançado em 2001 – In a Man’s Womb -, mas, como ela mesmo diz, não havia maturidade ainda; era bastante nova e não tinha um projeto musical definido. Seis anos mais tarde, esse projeto já estaria bem resolvido. A cantora, com seu amigo e percussionista – o indiano David Donatien – lançou em 2007 o disco “Yael Naim”.

O álbum tem canções em inglês, outras em hebraico. Yael explora, de forma sensível e belíssima, sua voz, seu violão e seu talento. Já David acrescenta uma percussão delicada e igualmente bela.

Yael Naim e David Donatien

Yael me causou, de início, uma sensação incomoda de “já ouvi isso antes”. Agora percebo que sua música me lembra Alanis Morissete. Talvez  seja uma semelhança na voz, não sei. Mas a principal diferença, para mim, é que Yael vai ainda um pouco mais além que Alanis – talvez pela percussão angelical; talvez pelas diferentes línguas; talvez pela ousadia de regravar sucessos, como “Toxic” de Britney Spears, e torná-los muito melhores.

Ou, quem sabe, pela “linda bagunça interior” – a qual ela se refere na música “Far Far” – que aparece de maneira tão explícita e, paradoxalmente, disfarçada em suas composições.

“How can you stay outside?
there’s a beautiful mess inside”

yael naim – 2007

01 – Paris 3’07
02 – Too Long 4’43
03 – New Soul 3’45
04 – Levater 3’25
05 – Shelcha 4’38
06 – Lonely 4’06
07 – Far Far 4’21
08 – Yashanti 3’53
09 – 7 Baboker 3’33
10 – Lachlom 4’22
11 – Toxic 4’27
12 – Pachad 4’28
13 – Endless Song Of Happyness 3’00

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Samba de Tarja Preta

26 abr

Viradão Carioca e mais um chuva de novos – e nem tão novos – nomes da cena musical brasileira. Um deles é o Fino Coletivo. Banda alagoana e carioca. A história começou em 2005, quando dois alagoanos – Wado e Alvinho Cabral – encontraram um carioca – Marcelo Frota.

Depois de um mês juntos, experimentando música, o trio resolveu colocar mais um alagoano e um carioca na panela e, assim, surgiu o Fino Coletivo – Wado, Alvinho Cabral, Alvinho Lancellotti, Marcelo, Marcus, Adriano,  e Daniel.

Fino Coletivo

Ps: Por causa de projeto pessoais, hoje Wado e Marcelo não estão mais na banda.

O nome já dá uma dica do som dos caras que fazem música de forma coletiva. Todos compõem juntos, com quatro cantores que se revezam nos vocais.  Já a música não sabe se é samba, se é bossa, ou um pop meio eletrônico vez ou outra. Mas, ao contrário do que pode parecer, não é algo confuso, e sim muito bem resolvido: um som brasileiro, na essência.

Apesar de ser de Tarja Preta, o samba do Fino Coletivo é recomendado a todos que gostam de música brasileira. Aproveitem!

Trama Virtual (tem o disco para baixar)

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Contatos: contato@finocoletivo.com ou finocoletivo@gmail.com

Latino Americano

26 abr

Devendra Banhart. Esse nome foi sugestão do meu amigo Mario, que, quando soube do meu blog, me disse que tinha um cara que fazia um som muito bom, que gostava de música brasileira e era bem excêntrico.

De fato. Devendra é um rapaz de 29 anos, nascido nos EUA, Texas, e criado na Venezuela, considerado um artista do movimento New Weird America – FolkPsicodélico, Indie, Psicodelia do século XXI. Devendra às vezes canta em inglês, outras em espanhol, mas sempre com a atenção focada nos arranjos do violão, estrela de suas músicas – como costuma ser no folk.

Devendra Banhart

Pois é. Agora que viu essa foto, você deve estar entendendo o porque do “bem excêntrico”, né? A verdade é que Devendra não tem padrões na sua música, nem na sua maneira de se vestir. Pode aparecer assim, meio “mulher; ou meio “hippie”, com os cabelos desgrenhados e uma boina no topo da cabeça; ou bem “arrumadinho”, com uma aparência mais comum.

Já na música, cada uma tem o poder de me transportar para um lugar diferente. Carmensita (a primeira que ouvi) – do álbum Smokey Rolls Down Thunder Canyon 2007- de início me leva pra cena de algum filme, em que o ator principal está meio desolado num dia de chuva; mas logo depois dos primeiro 50 segundos, dá uma virada e me transporta para as festas latinas que nunca fui. Já o clipe da música nos remete a outros locais, uma coisa meio indiana, meio psicodélica. Confere aí:

Ps: É, a atriz é Natalie Portman. Ex-namorada do rapaz.

Em 2007, uma das participações do já citado álbum “Smokey Rolls Down Thunder Canyon” foi o cantor/compositor Amarante, na canção “Rosa”. Acho que aí fica comprovada a afirmação do Mario, ao dizer que Devendra é admirador da música brasileira (aliás, quem não é?). Outro exemplo é a participação de Devendra no show da volta dos Mutantes, no Barbican Teathre, em Londres, 2006.

Ano passado, Devendra lançou seu nono e novo disco “What We Will Be”, com 14 faixas, que também conta com a participação de Amarante.

Devendra e o Violão

Se você ficou curioso, dá uma conferida no links aqui embaixo. Mas se não ficou – ou se já conhecia e isso tudo foi como um dejavú pra você – confere mesmo assim. Só o site oficial do cara já vale a pena. É bem legal!

Devendra Banhart – What We Will Be – 2009

1. Can’t Help But Smiling
2. Angelika
3. Baby
4. Goin’ Back
5. First Song for B
6. Last Song for B
7. Chin Chin & Muck Muck
8. 16th & Valencia Roxy Music
9. Rats
10. Maria Lionza
11. Brindo
12. Meet Me At Lookout Point
13. Walilamdzi
14. Foolin’

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PsicoTropical Musik com Cachaça

25 abr

Chorinho, baião, samba, jazz, salsa, rap, afro-beat, frevo, candomblé, merengue. Ou, simplesmente, Songoro Cosongo.

O banda – formada por músicos argentinos, brasileiros, chilenos, colombianos e venezuelanos – classifica seu som como “PsicoTropical Musik”.  Criada em 2005, no Rio de Janeiro, Songoro Cosongo fazia suas primeiras apresentações pelos trilhos de Santa Tereza, despretenciosamente. Aos poucos, começaram a tocar em feiras, praças; depois se estabeleceram no bar Taberna Diferente e, em dois meses, já estavam se apresentando nas principais casas de shows do Rio.

Songoro Cosongo

O grupo passou, então, a coordenadar oficinas de música Latino-Americanas com o objetivo de formar um bloco carnavalesco diferente dos tradicionais blocos de rua cariocas. Em 2006, Songoro Cosongo saiu às ruas do carnaval do Rio de Janeiro, em Santa Tereza, atraindo centenas de foliões.

Songoro Cosongo - Carnaval 2010

No final de 2005,  Songoro Cosongo gravou seu primeiro disco – “Misturado Com Cachaça Fica Muito Bom” – com 12 composições próprias, lançado no início de 2006 no Rio de Janeiro, Chile e Argentina.

O grupo, hoje, já é conhecido no cenário carioca – e em outros países da América Latina – e seu bloco de carnaval é um dos mais concorridos de Santa Tereza. Falando por experiência própria, quem quiser conferir deve chegar cedo, porque lota – mas vale MUITO a pena!

Misturado Com Cachaça Fica Muito Bom – 2006

01. Começa a valer a partir de agora
02. Sancocho
03. Litros de Carinho
04. Songoro Cosongo
05. Aipim
06. Yorunga
07. Kilos de Amor
08. Merengue de Invierno
09. Ilha Grande
10. Frevintcho
11. Chorumbia
12. Maracujá

Click aqui para baixar as músicas

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Cabeça e Coração

24 abr

Já que eu falei de La Roux, me senti um pouco na obrigação de falar de Hot Chip. Afinal, segundo a própria Elly, os caras são uma das principais influências da dupla. E não poderia ser diferente.

Hot chip – formada em 2000 – também é uma banda de electropop (para quem não gosta de classificações, eu até que estou me utilizando bastante delas, né?). Um de seus hits que maior sucesso é o “Ready for the Floor” – indicada ao Grammy em 2009 -, do disco “Made in the Dark”, 2008.Você provalvemente deve conhecê-la, mas se não, aí vai o clip (muito legal, por sinal!):

A banda britânica – formada pelos talentosos Alexis, Joe, Al, Felix and Owen – já se apresentou em grandes festivais – como Glastonbury, Sonár e Big Day Out – e este ano lançou seu novo cd “One Life Stand”. Segundo o vocalista Alexis, esse foi o trabalho em que eles mais se focaram para fazer. A banda ficou concentrada em ouvir e re-ouvir as músicas que iam compondo durante todo o ano passado.

Hot Chip

O som dos caras também me remete muito aos videogames, mas com uma batida bastante pop e, as vezes, meio “sentimental” – o que, para muitos, pode parecer meio “triste”. Isso talvez possa ser explicado com uma frase de Felix – synths -, que, traduzindo, diz mais ou menos assim: “Esse disco foi feito pelo coração, mas filtrado pela cabeça.”

Vale a pena dar uma conferida em “One Life Stand”.

Hot Chip – One Life Stand (2010)
1. Thieves in the Night
2. Hand Me Down Your Love
3. I Feel Better
4. One Life Stand
5. Brothers
6. Slush
7. Alley Cats
8. We Have Love
9. Keep Quiet
10. Take It In

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Videogame na Música

24 abr

Ok. Confesso ter me empolgado com o Coachella Festival 2010. A terceira banda que escolhi para falar aqui também foi uma das atrações do festival, mas é bem diferente de The Gossip e Them Crooked Vultures.

Pra começar, Le Roux é uma dueto britânico que mistura synthpop com electropop. Traduzindo: junção de rock com música eletrônica; teclados e sintetizadores como instrumentos principais; sons que lembram os videogames da nossa infância.

Poderia ser mais um som desses de rave, mas não. A presença da voz marcante de Elly Jackson – vencedora do Studio8 International Music Awards na categoria de melhor cantora estreante – transforma a batida eletrônica em melodia.

La Roux

Elly e Ben Langmaid formam La Roux – desde 2008, Inglaterra. Nesses dois anos, eles já conquistaram fãs por todo o mundo e estão com shows marcados até agosto de 2010.

O álbum de estréia da dupla foi lançado em junho de 2009, no Reino Unido, e em setembro já saiu em formato digital nos Estados Unidos, pelo iTunes. Entre suas principais influências, está Michael Jackson, Hot chip e Tears fo fears.

O nome da banda, segundo Elly, é em homenagem ao seu cabelo vermelho.  “Para mim, La Roux significa “ruiva” – e realmente é, vagamente. É apenas uma versão masculina de “ruiva”, o que eu acho até legal, porque eu sou, bem, andrógena. Então isso até faz sentido.”

Se você ainda não conhece o som da dupla, é só dar uma conferida nos vídeos aqui embaixo:

pedaço da apresentação deles no Coachella Festival 2010, com a música “Quicksand”:

La Roux –  2009
01 In For The Kill 04:09
02 Tigerlily 03:25
03 Quicksand 03:06
04 Bulletproof 03:26
05 Colourless Colour 03:28
06 I’m Not Your Toy 03:18
07 Cover My Eyes 04:32
08 As If By Magic 03:52
09 Fascination 03:42
10 Reflections Are Protection 04:19
11 Armour Love 03:53
12 Growing Pains (UK Bonus Track) 03:27

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Novo Supergrupo

23 abr

“10 PERGUNTAS QUE VOCÊ REALMENTE NÃO PRECISA NOS PERGUNTAR:

1) COMO É O SOM DA BANDA? Se parece com o cara do Queens of the Stone Age, cantando e tocando guitarra com o baixista do Led Zeppelin e o baterista do Nirvana. Agora que a música já está sendo tocada por aí, essa pergunta é meio desnecessária, mas enfim…”

Com ironia, Them Crooked Vultures responde a primeira das 10 perguntas expostas em seu site oficial (link lá embaixo!) dizendo exatamente o que a banda é: um supergrupo de peso.

[Para quem não sabe, o termo “supergrupo” – bastante usado no final da década de 60 – quer dizer uma banda cujos membros já alcançaram fama e respeito no cenário musical]

Quem já conhece os caras, nem precisa ouvir as músicas para ter certeza de que é algo incrível.

John, Josh e Dave - Them Crooked Vultures

John Paul Jones – considerado por muitos um dos melhores baixistas de todos os tempos – não se limita ao seu instrumento tradicional. O ex-integrante da lendária Led Zepelin introduz na banda o keytar (teclado com formato e som que lembram guitarra) e o kaoss pad (controlador de som que  pode ser ativado com os dedos).

A idéia de montar o grupo veio de Dave Grohl – que, em 2005, já havia indiretamente anunciado o projeto para a revista britânica Mojo. Eles contam assim no site: “Na verdade ele (Dave) foi ao banheiro ‘relaxar e refletir’ sobre a virada dos 40 (durante sua festa de aniversário), com um baseado, e resolveu convidar o John para o projeto e colocou os dois (John e Josh) para conversar ali mesmo na escada, enquanto ficava observando, sentado num degrau acima, o entrosamento dos dois.” E assim surgiu Them Crooked Vultures.

Josh Homme – Queen Of Stone Age – comanda vocais e guitarra brilhantemente e Dave Grohl – ex-Nirvana e Foo Fighters – assume a bateria daquele jeito que a gente já conhece. Ambos dispensam mais comentários.

O cd foi gravado entre fevereiro e julho de 2009 e produzido por eles mesmos. A primeira apresentação da banda foi dia 9 de agosto de 2009 no Metrô de Chicago. Desde então, eles vem fazendo shows por festivais do mundo todo e arracando críticas positivas por onde passam.

Capa do CD - Them Crooked Vultures

Incrível. Essa é a única palavra que encontro para descrever Them Crooked Vutures. Estava sentindo falta de uma banda que conseguisse dar o mesmo espaço para guitarra, bateria e baixo sem que ficasse algo pesado demais. Cada instrumento tem seu “momento de glória”.

A banda lembra o “rock bom” dos anos 60/70 – deve ser ifluência de John -, mas com um “quê” de anos 2000. Se você gosta de Led Zepelin, ou de Nirvana, ou de Queen of Stone Age, ou não conhece nada disso (jura?), mas gosta de música, aconselho dar uma conferida no cd dos caras.

Aumenta o som e enjoy it.

Them Crooked Vultures – 2009
01 – No One Loves Me & Neither Do I
02 – Mind Eraser. No Chaser
03 – New Fang
04 – Dead End Friends
05 – Elephants
06 – Scumbag Blues
07 – Bandoliers
08 – Reptiles
09 – Interlude With Ludes
10 – Warsaw Or The First Breath You Take After You Give Up
11 – Caligulove
12 – Gunman
13 – Spinning In Daffodils

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Perfection Is Not Real

23 abr

Nathan, Ditto e Hannah - The Gossip

Logo na primeira vez que ouvi The Gossip – na verdade, vi The Gossip, num trecho do show da banda em Liverpool, na MTV – foi com a música “Standing in the way os control” e confesso que parei. Estava mudando de canal freneticamente, mas ao ouvir aquela voz meio Janis Joplin com uns arranjos que, de início, me remeteram a White Stripes, mas com uma levada mais eletrônica, meu dedo parou e não mudei mais de canal, até o fim de música.

Tá certo que eu poderia ter escolhido qualquer outra banda para o primeiro post do blog, mas The Gossip tem permanecido na minha mente. Não só na minha, aliás.

A banda, que se apresentou recentemente no Coachella Festival 2010 (Indio, Califórnia), causa frisson em qualquer lugar que se apresenta. Sua música é envolvente, não há como negar, mas The Gossip conta com um “recurso” a mais: Beth Ditto.

Ditto não é uma cantora qualquer, isso você pode constatar no primeiro contato. Sua voz, seu figurino (roupas de lycra marcando seu corpo de 95kg) e sua presença de palco são alguns dos fatores que contribuíram para, em novembro de 2006, ela ter sido selecionada pela New Musical Express (revista britânica) como a pessoa mais fantástica no Rock. Ditto domina o palco, descalça, descabelada, suada e sem ligar a mínima pra tudo isso.  Ela não está interessada em ser linda ou perfeita – afinal, ela mesma diz: “Perfection is not real. That’s all.” -, mas sim em música.

The Gossip – formada em 1999, em Arkansas, EUA – é integrada pela já citada Beth Ditto, nos vocais; Nathan, na guittara, baixo e synth; e a baterista Hannah Billie, que entrou em 2003 no lugar de Kathy.

A banda é classificada como “indie rock”. Eu, particularmente, não curto muito essas classificações, porque acho que limita a música. Mas já que comecei, “indie rock” é o mesmo que rock independente, rock alternativo, rock underground, o termo surgiu na Inglaterra, em meados da década de 80.

Já eu – se for pra classificar – prefiro dizer que The Gossip é uma mistura de uma voz poderosa, com uma guitarra que permanece em sintonia com a bateria, mais uma pitada eletrônica com auxílio do synth. Uma mistureba que dá em música – e das boas!

A banda está com a agenda lotada até agosto de 2010, em turnê do seu novo disco “Music for Men” – lançado em 2009. Já nós, brasileiros, pelo visto ainda vamos ter que esperar para receber Ditto, Hannah e Nathan. Desde 2008, The Gossip já desmarcou dois shows no Brasil, sem desculpas convincentes. Será que Ditto não está muito interessada em vir ao país?

Bom, enquanto eles não vem, nos resta nos contentar em ouvir suas músicas pelo computador mesmo..

Music for Men  – 2009
1. Dimestore Diamond
2. Heavy Cross
3. 8th Wonder
4. Love Long Distance
5. Pop Goes The World
6. Vertical Rhythm
7. Men In Love
8. For Keeps
9. 2012
10. Love And Let Love
11. Four Letter World
12. Spare Me From The Mold

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De que adianta?

23 abr

“De que adianta o carnaval?
Sem música
Passar a noite de natal
Sem música

De que adianta tanto amor?
Sem música
Também dançar no xilindró
Sem música

Fazer a coreografia
Sem música
Dançar axé lá na Bahia
Sem música”

Luiz Melodia – Feeling da Música

Nada, Luiz. Nada adianta sem música.

Procurando – durante horas – na Internet por assuntos relacionados à música, me deparei com uma vontade intensa de ter um site em que eu pudesse organizar todas as informações que encontrasse pelo caminho – ou quase todas.

A gente passa horas aqui. Lê, ouve, aí lê mais, vê uns vídeos, ouve mais um pouquinho, e no final já confundimos tudo e nem nos lembramos mais do que ouvimos de início.

O “música por acaso” surgiu mesmo por acaso. É – antes de qualquer coisa – a forma que eu encontrei para ordenar o que eu for encontrando sobre música por aí. Bandas novas, shows e festivais que estão rolando pelo mundo, banda antigas, cantores consagrados, cantores desconhecidos pelo grande público. Que seja! Quero saber de música e ponto final.

Se você também curte ficar por dentro da cena musical e conhecer um pouquinho mais sobre aquele artista que você tanto vê/ouve por aí, acho que esse blog pode ser bem-vindo. 🙂