Por que não sai do raso?

1 jul

Karina Buhr

Baiana, mas criada no meio dos maracatus e frevos de Pernambuco, Karina Buhr mora há cinco anos em São Paulo e é uma das vozes femininas mais eminentes da música popular brasileira atual.

Karina é percussionista, desenhista, compositora, atriz e cantora. Karina é artista. Seu som, sua voz e suas batidas refletem um pouco sua formação permeada por ritmos e gêneros brasileiros, sem pré-conceitos e limitações óbvias.

Karina começou a cantar e tocar percussão em 1994, passando por diversos grupos pernambucanos, como Eddie. Em 1997, fundou a banda Comadre Fulozinha, num misto de folclore brasileiro e cantigas de roda.

Esse ano, Karina lançou seu primeiro disco solo – “Eu Menti Pra Você” – , que tem como principal influência, segundo a cantora, o carnaval de Recife.  “Não exatamente um ritmo como o forró ou maracatu, mas a possibilidade de misturar diversos ritmos e gêneros”, explica ela.

Karina conta com grandes músicos em sua banda, como Bruno Buarque na bateria; Mau no baixo; Guizado no trompete; Dustan Gallas nos teclados e no piano; Otávio Ortega nos teclados e nas bases eletrônicas; Marcelo Jeneci no acordeom e no piano; Fernando Catatau (Cidadão Instigado) e Edgard Scandurra (ex-Ira!) nas guitarras; além da própria cantora, na percussão.

“O título do meu disco tem conexão com essas várias pessoas que tenho dentro de mim. É também uma forma de dizer que não sei definir meu som. Posso falar, mas é tudo mentira”, conta, rindo.

Karina Buhr, com sua maquiagem colorida, seu sotaque pernambucano e seu mix de sons e letras, vai fundo e se entrega à música, sem a necessidade de ficar se auto-afirmando.

“Por que não sai do raso? Tem medo de tubarão?” Karina Buhr.

Dá uma conferida no Myspace e no Site dela.

Tango “al revés”

29 jun

Não se sabe ao certo qual a origem do tango. Muitos estudiosos acreditam ter sido no final do século XIX, em prostíbulos argentinos e uruguaios de Buenos Aires e Montevidéu, como uma variação da habanera – estilo musical oriundo de Havana, Cuba. Em meados de 1910, o tango foi aceito pela aristocracia parisiense e de lá para cá conquistado admiradores em todo o mundo.

O tango é triste, é forte, permeado por amores e dores e dançado com paixão e agressividade. Hoje, podemos encontrar diferentes tendências desse estilo musical, indo do tango jazz ao tango eletrônico, estilo no qual a banda desse post se encaixa.

Em 1999, nasce o Gotan Project, banda formada pelo frânces Philippe Cohen Solal, o argentino Eduardo Makaroff e o suíço Christoph H. Müller. Com as sílabas da palavra tango “al revés” –  seguindo o costume do lunfardo, gíria argentina, de pronunciar as palavras de trás para a frente -, Gotan já deixa claro no próprio nome a que veio, invertendo conceitos já estabelecidos sobre o tango e acrescentando a ele novas idéias e ritmos.

O primeiro disco do grupo – “La Revancha del Tango” -, lançado em2001, intruziu um novo som nas pista de dança de todo o mundo. O êxito do grupo foi tão grande que em 2006 eles lançam o disco “Lúnatico”, em homenagem a Carlos Gárdel – inventor do tango-canção – e a todos os heróis do tango, incluindo Astor Piazzola – quem deu uma nova perspectiva ao estilo, rompendo com os esquemas clássicos do tango.

Gotan

Esse ano, Gotan lançou seu novo disco, “Tango 3.0”, que, segundo eles, leva a um desafio maior: “a renovação do tango, com todos seus custos, correndo o risco de transbordar-lo, sem pretender esgotar-lo, mas sempre com esse sutil perfume de ambiguidade”.

Sem deixar de lado a base do tango – flauta, bandoneón (espécie de sanfona), violão, violino -, Gotan Project inova, mesclando um pouco de pop com electro, dando ao tango uma nova cara e atraindo curiosos de todo o mundo.

Se você se interessou, dá uma olhadinha no site e no Myspace dos caras. Outros grupos que fazem tango eletrônico, como Tanghetto e Bajofondo,  também são muito bons e vale a pena dar uma conferida.

O que você vê é o que você ouve

30 maio

Pomplamoose. Derivado de “pamplemousse” – toranja, em francês -, é esse o nome da dupla que a Lidiane sugeriu (e que eu adorei!) para essa postagem.  A banda é formada pelo multi-instrumentista (multi mesmo, o cara toda tudo!) Jack Conte e pela vocalista Nataly Dawn, ambos americanos da Califórnia.

Pomplamoose

No verão de 2008, os dois começaram a colocar suas músicas em forma de vídeo – VideoSongs – no Youtube. “O que você vê é o que você ouve. Se você ouve, em algum momento começa a ver”, diz Jack.

Os vídeos são feitos por eles mesmos e começaram a ter mais reconhecimento quando o “Hail Mary” ganhou destaque  na primeira página do Youtube.

Além de ótimas músicas autorais, Pomplamoose também faz covers – que eles compram no website Harry Fox Agency -, como “Single Ladies”, da Beyoncé,  “Beat it”, de Michael Jackson, e “Telephone”, da Lady Gaga feat. Beyoncé, que recebeu comentários como: “Prefiro essa verão que a original”. Dá uma conferida aqui embaixo:

Pomplamoose é uma dessas novas bandas que te inspiram e provam que não é preciso muito mais que talento, criatividade e vontade para fazer música de qualidade. Se ficou interessado, pode baixar algumas músicas aqui, dar uma conferida no Myspace e no canal do Youtube deles.

“Eu meio que não gosto de como há um pedestal para a cultura da música e especialmente para a cultura das bandas, me soa falso; como fumaça e espelhos. Para mim, música não precisa ser assim. Ela pode ser algo bastante normal e acessível. “

—Jack Conte

Música Mundial

23 maio

Amigos com bom gosto musical, trocas de links e nomes e, no meio de tudo, Paris Combo. Um grupo francês, que mistura elementos do jazz e swing americanos, canções tradicionais da Paris dos anos 20/30, música norte-africana, romana, cigana. Enfim, não é à toa que o grupo se identifica como  um “world music group”.

Paris Combo

Em 1995, a cantora e atriz Belle du Berry – ex-integrante de Les Champêtres de Joie -, o baterista Jean-François Jeannin – também ex-integrante de Les Champêtres de Joie -, o guitarrista Potzi – conhecido por seu estilo cigano -, decidiram formar uma banda juntos. O trio logo “recrutou” o trompetista australiano David Lewis e o baixista Mano Razanajato, de Madagáscar. E assim nasceu a banda!

Em 1997, Paris Combo gravou seu primeiro disco – Paris Comboque rapidamente virou sucesso em toda europa. Em agosto do mesmo ano, a banda já estava se apresentando fora do país.

Hoje, em seu quinto disco – Live -, a banda já é (re)conhecida em todo o mundo por sua música que mistura culturas, sentimentos e sons de diversos locais e épocas.

O nome da banda faz referência a uma de suas maiores influências: os “combos” – pequenas bandas de jazz dos anos 30 – e Paris, um lugar de “mistura de ritmos e etnias”.

Para quem se interessou, dá uma conferida no Myspace e no Site Oficial da banda (que é em frânces, mas para quem não entende a língua, vale a pena conferir as fotos e vídeos). É só aumentar o som e se transportar para um café francês (ou quase isso!).

Topless em Paris

15 maio

Ufa! Depois de muitos dias cheios de trabalhos, consegui vir aqui. Nessa semana que passou, descobri alguns novos artistas legais.  Garim Clasmann e Galia Durant são dois deles.

Psapp

Ambos são de Londres, Inglaterra, e formam a dupla Psapp, desde 2003. Demorei um pouquinho pensando em como começaria a falar deles, quando, de repente, encontrei no site oficial uma ilustraçãozinha – que eles mesmos fizeram – contanto “a verdadeira história” da formação da banda.

Em 1870, Garim e Calia estavam escavando um terreno romano, quando, sem querer, quebraram um cachimbo de barro que emitiu o som “psapp”. Então, eles descobriram que arqueologia não era o seu forte, e sim fazer música com objetos que tenham um bom som. A história em quadrinhos termina dizendo que 139 anos depois, “Psapp” ainda está em seu terceiro disco – The Camel’s Back, 2008.

É assim que a dupla compõe suas músicas. Com elementos bastante lúdicos, fazendo bom uso da imaginação e da emoção. Os dois também são os reponsáveis por todas as ilustrações dos discos e do site.

A música do vídeo acima – Hi – foi nomeada para o Woodie Awards, da MTV. Outras de suas músicas também obtiveram bastante sucesso, como a “Cosy in the Rocket” – tema do seriado Grey’s Anatomy.

Na site oficial, eles se descrevem em várias frases curtinhas, a maioria com bastante humor e ironia, e sempre em terceira pessoa. Eles dizem que guardam o prêmio que ganharam com a música tema de Grey’s Anatomy no banheiro e que “Psapp have posed topless in Paris” (Psapp já fez topless em Paris). Vale a pena dedicar um tempinho ao site!

Não encontrei link para baixar os cds da dupla, mas no Myspace deles dá pra conferir algumas músicas. Se eu encontrar depois, acrescento no post. Se alguém souber também e quiser coloborar, basta deixar um comentário com o link.

Para ouvir em dia de chuva

9 maio

Cat Power

Charlyn Marie Marshall nasceu em Atlanta (Georgia, EUA), em 21 de janeiro de 1972. Criada por um pai pianista, no meio do ensino médio resolveu largar a escola e ir pra Nova York “tentar a vida”. Lá, Charlyn se transforma em Cat Power e faz seu primeiro show em 1992/93 , num Pub no Brooklin.

Durante a primeira metade da década de 90, Cat foi se solidificando como artista e criando laços com outros artistas, como Steve Shelley – baterista do Sonic Youth – e Tim Foljahn – guitarrista do Two Dollar Guitar. Encorajada por seus novos amigos, em dezembro de 1994, Cat gravou seus dois primeiros discos – “Dear Sir” e “Myra Lee” -, num só dia!

Em 1996, assina com a gravadora “Matador” e grava seu terceiro álbum  – What Would the Community Think?. Após uma turnê de seis meses, Cat decide abandonar a música e se mudar para uma fazenda no sul dos EUA, com seu namorado. Então, durante uma noite de pesadelos, surgem as letras que vão compor o próximo disco – Moon Pix – e Cat volta à música, ganhando novos fãs e elogios da crítica.

Em 2006, após tratamentos psiquitriátricos [Cat  passou por períodos de depressão, durante turnês preenchidas por medicamentos e álcool], a cantora grava seu sétimo disco – The Greatest.

Em 2008, Cat lançou o oitavo disco – Jukebox – e desde então está em turnê por todo o mundo. No final de 2007, passou pelo Brasil, no Tim Festival, e ano passado pelo Rio de Janeiro. Este ano, a cantora volta ao país, passando por São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre no final de maio.

O som de Cat é uma mistura de folk e indie; um pouco de Norah Jones e Bob Dylan, e ao mesmo tempo algo bem diferente de todo o resto. Bom para ouvir nos dias de chuva.

Myspace

Site Oficial

Se Apaixone Novamente

5 maio

Vamos lá. A receita é: seis cantoras francesas, uma brasileira, uma nova yorkina, clássicos  dos anos 80, pitadas de reggae, bossa, blues e duas mentes criativas no comando: Marc Collin e Olivre Libaux.

Nouvelle Vague

“O conceito original de Nouvelle Nague (NV) era usar jovens cantoras que não sabiam qual o significado de punk e pós-punk. Assim, elas trariam algo novo e totalmente fresco para as músicas. E isso realmente deu certo. Então continuamos nessa direção” – Marc.

Na França, “Nouvelle Vague” significa “new wave” ou “bossa-nova”, em português.  Marc e Oliver partiram dessa idéia e, em 2004, produziram o primeiro disco – Nouvelle Vague – com oito chanteuses – nome que se dá a cantoras de cabaret -, que não conheciam as músicas originais, para “dar um novo sopro” a hits de nomes com Joy Division, The Clash, The Cure, Depeche Mode e Dead Kennedys.

E elas deram. O primeiro disco foi sucesso no mundo todo, com clássicos em versões bossa-nova. Em 2006, saia o segundo disco – Bande À Part – adicionando toques de reggae, ska e blues a canções de Blondie, Bauhaus, Buzzcocks, New Order, Yazoo, além de outros.

Ano passado, foi lançado o terceiro disco da banda – 3 – com uma ousadia a mais dos produtores Marc e Oliver: duetos  com os cantores originais. O “3” deixou para trás a bossa-nova e o reggae e se inspirou no country e no bluesgrass – música popular americana inspirada no jazz e no blues.

“Quando há uma coisa simples, chamada “música boa”, você sempre vai querer regravá-la em estúdio e transformá-la de novas maneiras. E você também se empolga para tocá-la ao vivo. A única coisa importante é que NV está regravando e tocando novas versões de músicas absolutamente fantásticas.” Marc.

Se você curte algum desses clássicos citados, aposto que também vai amar Nouvelle Vague. Como está escrito no site da banda, NV te faz se apaixonar novamente pelas músicas que você já adora.

Mas se você não conhece nenhuma das bandas que citei, essa é a hora!!

 Myspace 

Átomos

3 maio

Atoms for Peace

Para quem reconheceu, sim, esse do meio é o Thom Yorke – vocalista do Radiohead. O cantor, em 2006, lançou seu disco solo – The Eraser – e saiu em turnê com outros quatro músicos. Bom, segundo Thom, “eles estavam se divertindo muito” e quiseram dar continuidade ao trabalho.

Em março deste ano, o cantor anunciou em seu twitter que a banda se chamaria “Atoms for Peace”, apesar de lhe parecer bastante “óbvio” – “Atoms for Peace” é também nome de uma das faixas de seu disco.

E quem são esses outros músicos? Flea – baixista do Red Hot Chili Peppers -, Nigel Godrich – produtor do Radiohead; apelidado de “sexto integrante” do Radiohead -, Joey Waronker – baterista que já tocou com R.E.M., Beck, Elliott Smith, Smashing Pumpkins, Ima Robot e Walt Mink – e o brasileiro Mauro Refosco, do Forró in the Dark, na percussão.

Pouca coisa, né? Que isso, um Supergrupo de peso!

Atoms for Peace continua em turnê com o disco “The Eraser” pelos EUA. A música é essencialmente “radioheadiana”, mas em algumas faixas podemos perceber a influência de Mauro com batuques brasileiros – nas apresentações da banda até berimbau aparece!

O Myspace dos caras ainda é meio vazio, mas para  quem quiser conferir é só clicar aqui.

Brasil e Mundo

3 maio

Baião e reggae numa só música? Folk com forró? É com essa mistura que os meninos do Forró in the Dark fazem os gringos dançarem. Mauro Refosco, Davi Vieira, Guilherme Monteiro e Jorge Continentino moram em Nova York e, desde 2005, formam a banda Forró in the Dark.

Forró in the Dark

No final de 2006, eles lançaram o primeiro disco – Bonfires of São João – com participações de Bebel Gilberto, David Byrne e Miho Hatori. O sucesso se espalhou por todo os EUA, chegando na Europa. Ano passado saiu o segundo cd da banda – Light a Candle -, levando o grupo a uma turnê mundial – Paris, Londres e Madri são apenas alguns dos lugares por onde vão passar.

A zabumba e o pífano são uns dos protagonistas da banda, ao lado de outros instrumentos percussivos, da guitarra, do violão, do sax. Em meio a uma Nova York de ritmos, Forró in the Dark mostra um pouquinho do Brasil, do Nordeste – sem deixar de lado a influência da música norte-americana.

Isso é música!

Ps: Só encontrei o primeiro cd para ser baixado, mas as músicas do novo podem ser escutadas no Myspace deles.


Calor, Confusão e Música

2 maio

Uma das atrações do Abril Pro Rock 2010 – festival de música independente que rola todo ano em Recife – foi o Instituto Mexicano del Sonido (IMS). A banda da Ciudad del México é conhecida por remixar canções clássicas dos anos setenta/oitenta – como a “Mirando a Las Muchachas” do Hermanos  Castro.

Instituto Mexicano del Sonido

Em 2006, o IMS lançou seu primeiro disco – Méjico Máxico –  com pedaços de músicas dos anos 20 aos anos 60. O grupo classifica o cd como “um reflexo do calor e da confusão de uma cidade tão imprevisível como a Cidade do México”.

Ano passado, lançaram seu terceiro disco – Soy Sauce – e desde então estão com a agenda lotada, passando pelos EUA, Europa e América Latina. O grupo mistura de forma brilhante a música eletrônica com os ritmos mexicanos  e músicas não-mexicanas – como a versão “Sinfonia Agridulce”. Bom de ouvir e de dançar.

Confere aí um trechinho da apresentação deles no APR 2010:

IMS – Soy Sauce 2009

01. Cumbia
02. Alocatel
03. Yo Digo Baila
04. White Stripes
05. Hiedra Venenosa
06. Te Quiero Mucho
07. Jálale
08. Comité Culificador (Parte 1)
09. Comité Culificador (Parte 2)
10. Karate Kid2
11. Reventón
12. Sinfonia Agridulce Bonus Tracks
13. Alocatel (Ad Rock Remix)
14. Chiflideur

Baixe o disco aqui

Myspace

Eterna Primavera

2 maio

She and Him

É esse o nome da dupla: “She and Him”. Só que, ao contrário da foto, “she” é  Zooey Deschanel – na direita – e “him” é Matt Ward – M. Ward, como é conhecido, na esquerda.

Sim, Zooey é uma atriz hollywoodiana – já fez filmes como “Quase Famosos”, “Guia do Mochileiro das Galáxias” e o recente “(500) Dias com Ela” -, mas para quem não sabia, Zooey também é cantora, compositora e toca banjo e piano. Ao lado do seu amigo, M. Ward – produtor e  guitarrista -, forma a dupla “She and Him”, desde 2006.

Ward conheceu Zooey na gravação do filme “The Go-Getter” – rodado em 2006 e lançado em 2007 -, em que a atriz era a protagonista. A pedido do diretor, os dois gravaram a música para os créditos. Até então, Zooey apenas “gostava de cantar”, mas não levava a sério a carreira de cantora. Ward a incentivou e, assim, surgiu “She and Him”.

O primeiro albúm dos dois – Volume One – foi lançado em 2008. Em suas apresentações, a dupla conta com Rachel Blumberg (bateria), Mike Mogis (pedal steel guitar e bandolim) e Mike Coykendall (baixo e guitarra).

She and Him

Suas músicas me remetem aos filmes hollywoodianos dos anos 60, em que as mulheres usavam penteados engraçados, vestidinhos de cores claras e sapatos de verniz. Essecialmente folk, o som da dupla é leve, com auxílio da voz macia de Zooey.

“She & Him fazem música para uma eterna primavera, quando a temperatura é morna suficiente para passear de carro com as janelas abertas e o rádio ligado.” (trecho do site)

She and Him – Volume Two 2010

1. Thieves
2. In The Sun
3. Don’t Look Back
4. Ridin’ In My Car
5. Lingering Still
6. Me And You
7. Gonna Get Along Without You Now
8. Home
9. I’m Gonna Make It Better
10. Sing
11. Over It Over Again
12. Brand New Shoes
13. If You Can’t Sleep

Site Oficial

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Copacabana em Curitiba

1 maio

Três garotos, duas garotas, um pouco de indie, new wave, bossa, rock. Copacabana Club é uma banda – não carioca, e sim curitibana; apesar do nome – que desde 2007 vem ganhando espaço na cena musical brasileira.

Formada por Alec Ventura  (vocal, guitarra e synths), Camila (vocal e synths), Claudia Bukowski (bateria), Rafa Martins (guitarra) e Tile Douglas (baixo), Copas – como é chamada – foi idéia de Alec, após  ter passado uma temporada em Londres – talvez por isso as letras sejam todas em inglês.

Copacabana Club

A banda gravou seu primeiro EP em 2008, na cidade de Chicago, EUA, e logo ficaram em 4º lugar nos mais visitados do Myspace. Então começaram a fazer shows em São Paulo, Rio e foram conquistando fãs. Agora estão trabalhando em seu primeiro disco, que, segundo eles, deve sair ainda esse ano.

Considerada uma banda alternativa, Copas costuma fazer a galera dançar em seus shows graças a batida de seus sintetizadores em harmonia com os instrumentos e o vocais. Copacabana Club também é tema da abertura da série-reality show do Multishow, “Nós 3”, com a música “Just do it (Boss in Drama Remix)”.

Copacabana Club – King of the Night 2008

1. “Come Back”
2. “It’s Us”
3. “Just Do It”
4. “King of the Night”
5. “It’s Us” (Dance Floor Mix)
6. “Just Do It” (Reverse Mix)

Clik aqui para baixar o EP

Trama virtual

Myspace

Os Reis

29 abr

Não. Não vou falar de Michael Jackson, nem de Roberto Carlos (um dia, quem sabe?), e sim sobre os que são reis no nome: Kings of Convenience e Kings of Leon.

Tá, tá. Eu sei que são duas bandas totalmente distintas – não fosse a semelhança no nome e o talento inquestionável de ambas. Kings of Convenience é um duo de Bergen, Noruega, que mistura folk com um pouco de pop e indie. Já Kings of Leon é uma banda de rock americana (Nashville, TN) formada em 2000.

Kings of Convenience

Os Kings noruegueses se chamam Eirik Glambek Bøe and Erlend Øye. Amigos desde os 11 anos, Eirik e Erlend lançaram o primeiro álbum em 1999 – “Winning a battle, losing a war” – e dez anos depois (2009) já lançavam seu oitavo álbum – Declaration of Dependence.

Os caras dizem que suas duas maiores influências são o brasileiro João Gilberto – bossa – e a banda de rock norueguesa  deLillos. “Music your parents like too”  (“Música que seus pais gostam”) é como eles classificam seu som no Myspace – talvez pela melodia suave e delicada, ou por não fazerem uso de sintetizadores, remixagens e instrumentos “mais pesados” – como bateria, guitarra.

Bom, se meus pais gostam, eu não sei. Mas eu gosto (e muito).

Kings of Convenience – Declaration of Dependance
1. 24-25
2. Mrs Cold
3. Me In You
4. Boat Behind
5. Rule My World
6. My Ship Isn’t Pretty
7. Renegade
8. Power Of Not Knowing
9. Peacetime Resistance
10. Freedom And Its Owner
11. Riot On An Empty Street
12. Second To Numb
13. Scars On Land

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Ok. Agora os Kings dos EUA. Caleb Followill nos vocais, Jared Followill no baixo, Matthew Followill na guitarra  e Nathan Followill na bateria. Pois é, todos Followill. A banda é formada por três irmãos e um primo (Matthew) que desde pequenos tocam juntos e em 2003 lançaram seu primeiro disco – Youth and Young Manhood -, que ficou entre os 10 melhores discos dos últimos 10 anos na Inglaterra.

Kings of Leon

O último álbum dos caras foi lançado em 2008 – Only by the Night -, com 11 faixas, entre elas a famosa “Sex on Fire” – primeiro lugar na Triple J Hottest 100 – parada anual da rádio australiana Triple J – de 2008.

O talento, pelo visto, tá no sangue. Kings of Leon é hoje conhecida mundialmente e tem a agenda lotada até setembro de 2010. Para quem não conhece – ou conhece pouco -, dá uma baixada no cd, que vale demais a pena!

Kings Of Leon – Only By The Night
01 – Closer
02 – Crawl
03 – Sex on Fire
04 – Use Somebody
05 – Manhattan
06 – Revelry
07 – 17
08 – Notion
09 – I Want You
10 – Be Somebody
11 – Cold Desert

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Nossa natureza

28 abr

Quem já viu o vídeo da Sony Bravia em que milhões de bolinhas coloridas quicam pelas ruas? Se você sabe do que eu estou falando, com certeza lembrou da música da propaganda que é simplismente linda. José González, el responsable!

Filho de pai argentino e mãe sueca, José cresceu na Suécia ouvindo folk suéco e músicas latinas, como as do cubano Silvio Rodriguez – seu cantor preferido. Em 2007, lançou seu segundo disco – In Our Nature – com 11 faixas. A maioria de suas composições trata de assuntos pessoais, mas também de “histórias de outras pessoas”.

“Nesse álbum eu quis trazer à tona os apectos primitivo dos seres humanos”.

José González

Sua voz é tranquila; em alguns momentos, meio melancólica, em outros, mais animada. Em “In Our Nature”, José abusa do violão e do vocal, mas com a presença de backing vocals, percussão e sintetizadores – recursos musicais que não tão presentes em seu trabalho anterior.

Sua música “Teardrop” já foi regravada por outros artistas – como o cantor Mika e a banda Elbow – e utilizada em seriados como House e Friday Night Lights.

Confesso que a música de José mexe comigo, no fundo e no raso de tudo. Não só suas melodias, mas suas letras e os sentimentos ali presentes.

“It’s important to go through painful experiences to learn more about yourself. It’s important to face them rather than ignore them.”

Aproveite, sem moderação mesmo.

José Gonzáles – In Our Nature 2007

1. “How Low” – 2:43
2. “Down the Line” – 3:15
3. “Killing for Love” – 3:07
4. “In Our Nature” – 2:46
5. “Teardrop”– 3:38
6. “Abram” – 1:51
7. “Time to Send Someone Away”– 2:51
8. “The Nest” – 2:27
9. “Fold” – 2:59
10. “Cycling Trivialities” – 8:09
11. “You’re an Animal” – 4:18

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Linda Bagunça Interior

28 abr

Incrível como uma “tarde de trabalhos” pode se tornar tão agradável e cheia de descobertas musicais despretensiosas. No meio disso tudo, Yaël Naïm e um pedido da Carolzinha: “Posta sobre a Yael hoje”. E aqui estou!

Yael Naim é uma cantora, compositora e pianista franco-israelense – nasceu em Paris, mas cresceu em Israel. Desde pequena é fascinada por música e instrumentos. Ainda nova – quando estudava em um conservatório de música – assistiu ao filme “Amadeus” – sobre a história de Mozart – e, então, decidiu que aos 30 faria uma sinfonia. Ela fez, mas aos 29.

Yael Naim

Seu primeiro disco foi lançado em 2001 – In a Man’s Womb -, mas, como ela mesmo diz, não havia maturidade ainda; era bastante nova e não tinha um projeto musical definido. Seis anos mais tarde, esse projeto já estaria bem resolvido. A cantora, com seu amigo e percussionista – o indiano David Donatien – lançou em 2007 o disco “Yael Naim”.

O álbum tem canções em inglês, outras em hebraico. Yael explora, de forma sensível e belíssima, sua voz, seu violão e seu talento. Já David acrescenta uma percussão delicada e igualmente bela.

Yael Naim e David Donatien

Yael me causou, de início, uma sensação incomoda de “já ouvi isso antes”. Agora percebo que sua música me lembra Alanis Morissete. Talvez  seja uma semelhança na voz, não sei. Mas a principal diferença, para mim, é que Yael vai ainda um pouco mais além que Alanis – talvez pela percussão angelical; talvez pelas diferentes línguas; talvez pela ousadia de regravar sucessos, como “Toxic” de Britney Spears, e torná-los muito melhores.

Ou, quem sabe, pela “linda bagunça interior” – a qual ela se refere na música “Far Far” – que aparece de maneira tão explícita e, paradoxalmente, disfarçada em suas composições.

“How can you stay outside?
there’s a beautiful mess inside”

yael naim – 2007

01 – Paris 3’07
02 – Too Long 4’43
03 – New Soul 3’45
04 – Levater 3’25
05 – Shelcha 4’38
06 – Lonely 4’06
07 – Far Far 4’21
08 – Yashanti 3’53
09 – 7 Baboker 3’33
10 – Lachlom 4’22
11 – Toxic 4’27
12 – Pachad 4’28
13 – Endless Song Of Happyness 3’00

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